#10

Uma noite, a andar pelo campo perto de Prijedor na Bósnia, encontrei um pirilampo, com a sua luz verde-âmbar, debaixo de umas ervas. Agarrei-o e levei-o no meu dedo onde brilhava como uma opala num anel. Quando me aproximei da casa, as outras luzes eram muito fortes e apagaram a dele.

#9

Desta vez era só o pato, parado, no meio da estrada, a sacudir com as patas o pó, com a cabeça baixa. Demorou cerca de um minuto para me aperceber que estava às costas da pata, esta totalmente invisivel. Estendeu as asas uma ou duas vezes que apareceram debaixo das patas dele, antes de  se sentar de novo, no pó. As estocadas dele tornaram-se mais rápidas. Finalmente, tendo atingido o climax, o pato caiu da pata, que se tornou visível. Ele caiu pelo lado, para a estrada. Caiu como se tivesse levado um tiro, deitado de lado. Um pequeno saco cinzento com a forma de um pássaro, inerte na estrada, como se cheio de chumbo. Ela olhou à volta, levantou-se, bateu as asas, esticou o pescoço e partiu, confiante que as crias iriam encontrá-la.