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Desde a Revolução Francesa que a história mudou de papel. Antes era guardiã do passado: agora tornou-se a parteira do futuro. Já não fala do imutável mas, pelo contrário, das leis da mudança que não poupam nada. Por todo o lado, a história é vista como progresso, às vezes progresso sócio-político e continuamente progresso tecnológico. A história, acertadamente, oferece esperança aos desesperados e explorados que lutam por justiça. (No Terceiro Mundo, à medida que o século se aproxima do fim, esta esperança está cada vez mais a unir forças com a fé religiosa.) No mundo dos relativamente ricos, a exigência única e insaciável da história tornou-se a da obsolescência.