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É como se um tribunal, nos momentos das suas concepções, os tivesse sentenciado a todos a ter as cabeças cortadas dos seu corpos quando tivessem quinze anos. Quando o tempo chegou, eles resistiram, e as suas cabeças permaneceram nos seus ombros. Mas a tensão e a obstinação dessa resistência manteve-se, e ainda se mantém, visível - ali, entre a nuca e as omoplatas. A maioria dos trabalhadores do mundo carrega o mesmo estigma: um sinal de como o poder do trabalho sobre os seus corpos foi arrancado das suas cabeças, onde os seus pensamentos e imaginação continuam, mas desprovidos agora de possuírem o seus próprios dias e energia no trabalho.